Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

Viviane Petroli

Preços da saca que não cobrem o alto custo de produção e a quebra de safra de soja, em decorrência ao clima, são considerados hoje os principais desafios enfrentados pelo setor do agronegócio brasileiro, principalmente de Mato Grosso. O “cenário alarmante”, segundo o Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, afeta não somente aos produtores, mas também traz “impactos devastadores” para toda a cadeia produtiva e de suprimentos.

Em Mato Grosso, a safra 2023/24 de soja deve encolher 15,17% em relação ao ciclo passado. A última estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta uma produção de 38,443 milhões de toneladas. Para o médio-norte, principal região produtora da oleaginosa, a queda deverá ser 15,22%.

O recuo decorre a forte presença do fenômeno El Niño, que causou ausência de chuvas e altas temperaturas no estado. Tais fatores provocaram o encurtamento de ciclo das variedades precoces, levando os produtores a iniciarem a colheita da oleaginosa cerca de 30 dias antes do previsto e a registrar produtividades, em alguns casos, de quatro a dez sacas por hectare.

Fonte: Canal Rural