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A colheita da soja começou em alguns estados, mas chuvas constantes no início de janeiro limitam o trabalho no campo e a área colhida é de 2% até o momento, segundo informações da Agroconsult. Um trabalho importante antes da colheita é a uniformização da cultura ou dessecação da soja. Este manejo tem sido estratégico para o agricultor porque pode facilitar a colheita e permitir uma janela melhor de semeadura da segunda safra.

A dessecação e a uniformização das plantas devem ser feitas no momento correto. Esse processo contribui para a eliminação das plantas daninhas remanescentes e pode antecipar a colheita da soja.

“O manejo de dessecação pré-colheita da soja garante a antecipação de cinco dias em média para colheita do grão, permitindo dessa forma uma melhor janela para o plantio da segunda safra, e o controle das plantas daninhas na área que podem prejudicar a colheita e semeadura da próxima safra. É um manejo estratégico e que contribui para a safra atual e pode potencializar a produtividade do próximo cultivo. Isso porque as plantas daninhas competem por nutrientes, água e luz solar com a plantação”, explica Sérgio Zambon, gerente Técnico de Desenvolvimento de Mercado Brasil na BASF.

Estudos da EMBRAPA Milho e Sorgo demonstraram que a plantas da daninhas já foram responsáveis por ocasionar perdas de 15% na produção mundial de grãos, sem contar que elas podem ser hospedeiras de pragas e doenças.

Tecnologia digital

A dessecação da soja requer uma análise precisa da área cultivada, incluindo uma correta identificação das plantas daninhas existentes e, a partir daí, selecionar o melhor herbicida dessecante, o mais apropriado e a execução adequada desse manejo.

“O mapeamento com uso de imagens de drone tem sido muito eficiente para indicar ao agricultor as diferenças de maturação entre as áreas com soja em um mesmo talhão, e com isso definir o melhor momento para o manejo da dessecação pré-colheita. A tecnologia tem sido uma ferramenta para uniformizar e antecipar a colheita, bem como identificar as áreas com presença de plantas daninhas. Dessa forma, a tecnologia auxilia na indicação do melhor momento de entrada nas áreas para dessecação”, comenta Ricardo Arruda, líder de Agronomia e Operações de Campo do xarvio® Digital Farming Solutions no Brasil.

A tecnologia, por exemplo, do Mapa de Dessecação com Taxa Variável do xarvio FIELD MANAGER gerado a partir de imagens captadas por drone, mostra os diferentes níveis de maturação do campo de soja, índice de área foliar e biomassa presente, indicadores que apontam para o agricultor com precisão o momento ideal para o manejo ser feito no talhão.

“Ao adotar essa abordagem de manejo apoiado na tecnologia os agricultores estão obtendo mais chances de realizar a colheita antecipada, e um campo mais uniforme para a operação, que certamente pode impactar de forma positiva a qualidade operacional e também a produtividade do cultivo da segunda safra”, salienta Ricardo Arruda.

Fonte: Gazeta Digital