Somente da cana-de-açúcar, o Estado deverá ofertar 1,07 bilhão de litros de etanol e 536 mil t de açúcar.
Com uma produtividade acima de 78 mil quilos por hectare, a produção de cana-de-açúcar deverá chegar a 652,9 milhões de toneladas na safra 2023/24.
O volume, se confirmado, representa um crescimento de 6,9%, o que representa 42,1 milhões de toneladas colhidas a mais que na temporada passada.
Esse incremento é esperado devido à melhora no desempenho das lavouras, uma vez que as condições climáticas, para essa temporada, vêm se apresentando ainda melhores que na safra 2022/23.
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Já a área apresenta ligeira queda de 0,1%, com 8,29 milhões de hectares destinados para a cultura. A redução é influenciada pela diminuição verificada na região Sudeste.
Os dados foram divulgados ontem, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), durante o 2º Levantamento da safra 2023/24 do produto.
Mato Grosso surge como um importante produtor nacional e, mesmo com números positivo sobre o ciclo passado, que ampliam em mais um 1,11 bilhão de litros de etanol a oferta doméstica, os preços seguem em alta.
Conforme a Conab, a safra de cana passa de 15,87 milhões t para 16,95 milhões, alta anual de 6,8%, e somente da cana-de-açúcar, o Estado deverá ofertar 1,07 bilhão de litros de etanol e 536 mil t de açúcar.
Considerando o milho – com safra recorde no Estado de mais de 51 milhões t – como matéria-prima na produção de etanol, são adicionados mais 4,38 bilhões de litros de etanol, alta de 34,2% entre uma safra e outra.
Somente do milho, a oferta de etanol sai de 3,26 bilhões de litros da safra passada.
Considerando as duas matérias-primas – cana e milho –, Mato Grosso fecha esse ciclo ofertando mais de 5,45 bilhões de litros do biocombustível, alta de 25,7% antes a produção anterior – de 4,34 bilhões de litros – ou de 1,11 bilhão de litros.
Mato Grosso segue na liderança absoluta na oferta de etanol de milho no Brasil.
LEVANTAMENTO – No Centro-Oeste, a atual estimativa de produção para esta safra é de 142,7 milhões de toneladas destinadas ao setor sucroenergético. Diferentemente do Sudeste, a área deverá ter uma alta de 1,5%, verificada em 1,79 milhões de hectares.
Além deste aumento, as lavouras devem apresentar melhor desempenho com uma produtividade média estimada em 79.601 quilos por hectare.
Aumento de área e produtividade também na região Nordeste, onde a colheita projetada é de 58,5 milhões de toneladas.
Cenário semelhante é encontrado na região Sul, onde após sucessivas reduções da área colhida, a estimativa é que sejam destinados 3,7% a mais de área, quando comparada à safra 2022/23, para a produção de cana-de-açúcar.
O incremento esperado na produtividade é ainda mais expressivo, de 10,5% influenciado pelo aumento de áreas renovadas e melhores condições climáticas.
No Norte do país, o incremento de área e a expectativa de melhores produtividades deverão aumentar a produção em 5,4%, quando comparada à safra passada, resultando em uma produção de 4,03 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
PRODUTOS – A alta na produção de cana possibilita um aumento na fabricação de açúcar no país, estimada em 40,9 milhões de toneladas.
De acordo com o boletim da Conab, é possível observar uma elevação da produção do adoçante em todas as regiões, justificada pela maior disponibilidade de matéria-prima e pelo mercado favorável do produto.
Com isso, a atual safra se coloca como a segunda maior produção de açúcar da série histórica.
Incremento também para a produção de etanol, estimado em 33,83 bilhões de litros, somados os produzidos a partir da cana-de-açúcar e do milho.
O combustível produzido a partir do esmagamento da cana-de-açúcar deverá crescer cerca de 4,5%, o que representa 1,2 bilhão de litros.
Esse aumento em relação à temporada anterior encontra suporte na maior produção de cana no país, mesmo com a priorização na fabricação de açúcar.
Já o etanol fabricado a partir do milho apresenta alta expressiva de 37,2%, resultado de planejamento e investimentos, sobretudo no Centro-Oeste, mas se expandindo para outras regiões do país.
A expectativa é para mais um recorde na produção desse combustível que tem como matéria-prima o cereal, estimada em 6,11 bilhões de litros.