Foto: Futebol MT e SportSinop - Dirigentes querem pressionar o Governo
Durante uma hora e meia os presidentes de clubes discutiram maneiras de ‘convencer’ o Governo do Estado a quitar a dívida de R$ 2 milhões. Os recursos são provenientes da premiação do Campeonato Mato-grossense 2012, em Lei Estadual aprovada pela Assembléia Legislativa. Mas, alegando ‘impedimento legal’ o Estado não conseguiu efetuar a transferência do dinheiro, da conta da Secretaria Estadual de Esportes (Seel) para a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). O Ministério Público Estadual emitiu um parecer, ‘sugerindo’ que o Estado não transfira os recursos. Mas nenhum clube recorreu ou sequer questionou a medida.
Presidente da FMF, Carlos Orione não participou do encontro. Coube ao vice, João Carlos de Oliveira Santos, comandar a reunião. O que deveria ser um Pacto pelo Futebol Profissional, terminou como um fiasco. Os presidentes amarelaram, não tiveram coragem de ir até a Arena Pantanal, denunciar o atraso aos jornalistas internacionais presentes. Em vez disso, ficaram durante toda a reunião reclamando da falta de dinheiro para manter as equipes numa competição totalmente deficitária e sem atrativos.
Dos 12 clubes inscritos, apenas Luverdense e Cuiabá não podem reclamar, e, por isso, se envolveram menos. Helmute Lawisch abandonou o encontro, após colocar lenha na fogueira, incentivando os demais dirigentes a irem até a Arena. O Cuiabá apenas enviou um representante, enquanto Mixto e Operário sequer deram as caras. O mais revoltado é Carlos Rufino, do União. “Vamos entrar na Justiça. Um Estado que tem Copa do Mundo, não pagar a dívida aos clubes é um absurdo”, disse o dirigente. Os demais ficaram em dúvida. “Como querem questionar nosso dinheiro. Gastaram 80 milhões para demolir o Verdão. Quem quiser, me acompanhe”, prosseguiu Rufino.
Ezequiel Rosa, do Mato Grosso, garantiu que se sentou na sala de reuniões pela última vez. “Não dá mais para fazer futebol em Mato Grosso. Se eu não tiver um patrocinador, não vamos disputar o campeonato”, alertou. No final, João Carlos de Oliveira se mostrou ao lado dos dirigentes e Ezequiel Rosa garantiu assinar a ação contra o Estado. Votaram a favor também Sinop, Cáceres, Cuiabá, União, Barra, REC, e até Poconé, que disputou as divisões de base.
Fonte: SportSinop/Valcir Pereira e Craquesdoradio e site do salaka
Foto: Redação/SportSinop