Redação
O colonizador Ênio Pipino foi um plantador de cidades, permitindo, ao longo dos anos, que suas ações ajudassem milhares de pessoas a concretizarem seus sonhos de posse da terra, quer seja um lote urbano ou rural. Ao longo de seu caminho colonizador em terras mato-grossenses, o Comendador Ênio Pipino “brindou” algumas pessoas que lhe eram muito caras, de forma especial – deu às cidades em formação seus nomes. Assim fez com Vera, Cláudia e finalmente Santa Carmem, a quem homenageou com o nome de uma sua tia, Carmem Ribeiro Pitombo, nascida em Presidente Wenceslau, no Estado de São Paulo. A Sra. Carmem era tia, por parte de mãe, da Sra. Nilza Pipino, esposa do colonizador Ênio Pipino.
A exemplo do que ocorreu em todos os municípios criados pela Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná Ltda, em Santa Carmem os bairros rurais também receberam nome femininos, tais como Kátia, Patrícia, Jussara e Nilza.
O movimento colonizador de Santa Carmem é contemporâneo ao de Sinop, metrópole norte mato-grossense, que recebeu forte fluxo migratório a partir do início de 1972. Os primeiros povoadores do lugar tiveram imensas dificuldades de adaptação de clima e cultura regional.
A floresta amazônica representava uma barreira enorme a transpor. As primeiras estradas foram abertas na raça, e os pioneiros se valeram de todos os recursos possíveis, desde o enxadão e machado até o uso de moto-serra, não muito comum na época. Grande parte dos colonos que aqui chegaram vinha do Estado do Paraná. Ocorre que a empresa povoadora tinha sede na cidade de Maringá, onde era feita ostensiva publicidade da fertilidade do solo e das favoráveis condições de se adquirir lotes rurais e urbanos. Isto foi o suficiente para que levas de interessados vendessem seus pequenos sítios ou chácaras no interior daquele Estado sulista e para cá se deslocassem, com suas famílias, esperançosos de adquirirem área substancial. Para muita gente este sonho transformou-se em realidade.
No início da povoação, em que os primeiros colonos começaram a proceder ao desmatamento para deitarem na terra sementes para sua própria subsistência, preocuparam-se também com a necessidade de infra-estrutura social, religiosa e de serviços gerais.
Uniram-se os colonos em sistema de mutirão e construíram as primeiras escolas, a primeira igreja e as moradias do lugar. Os pioneiros ajudavam-se mutuamente, pois tinham somente uns aos outros. O povoado foi se desenvolvendo, o comércio aumentando e a força política acompanhou o desenvolvimento do lugar.
Nesta alavancagem de progresso, a 09 de dezembro de 1981, com a presença de autoridades em nível federal e estadual, o povoado ganha foro de distrito, com território jurisdicionado ao município de Sinop. A Lei Estadual nº 5.897, de 19 de dezembro de 1991, de autoria dos deputados Hermes de Abreu e João Teixeira, criou o município:
Artigo nº 1 – Fica criado o município de Santa Carmem, com território desmembrado dos municípios de Sinop e Cláudia.
SIGNIFICADO DO NOME
A denominação da localidade é homenagem à Sra. Carmem Ribeiro Pitombo, que era tia, por parte de mãe, da Sra. Nilza Pipino, esposa do colonizador de cidades no norte mato-grossense, Sr. Ênio Pipino.